
Concha Liaño (1926 – 2014) nasceu no território dominado pelo estado francês e já na infância migrou para o território dominado pelo estado espanhol. Foi uma das fundadoras do movimento “Mujeres Libres”, tendo participado da revolução espanhola de 1936.
Aos 15 anos Liaño se juntou a Juventude Libertária espanhola e em 1935 fundou com outras companheiras o “Grupo Cultural Feminino”. Liaño e outra companheira foram as responsáveis pela difusão da Federação Nacional de Mulheres Livres e das ideias feministas na Catalunha.
Com o começo da Revolução Espanhola, Concha fez parte Comitê Revolucionário do bairro de San Martín de Provensals em Barcelona e da Juventude Libertária do Hospital de San Pedro. Em 1937 foi editora do jornal Mujeres Libres, que já existia desde 1935.
Com o fim da Revolução, Liaño se exilou na França. A tristeza com as traições stalinistas e a derrota da Revolução, fez com que Concha tentasse se suicidar. Preocupados, seus/suas amigas/os de luta a propuseram de se mudar para o continente americano, levando Concha a se mudar para Venezuela em 1946 com sua única filha. Após um pequeno período, se mudou para Caracas onde morou até sua morte.
Após sua tentativa de suicídio, Liaño teve uma trajetória um pouco confusa e controversa em relação a luta libertária, porém, nada que apague sua trajetória de luta.
Essa é uma pequena homenagem do Instituto de Estudos Libertários a memória de Concha Liaño.
Por: Rodolpho J. Netto (IEL)
Fonte: Ielibertarios.wordpress.com